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LGBTQI+ - Parte 1

  • Foto do escritor: 10Construidos
    10Construidos
  • 29 de out. de 2019
  • 5 min de leitura

Atualizado: 5 de nov. de 2019

1) Crônica

A questão LGBTQ+, por tempos, foi posta de lado. Até que militantes da causa se manifestassem, a ponto de ter que lutar pelas suas vidas, essas pessoas eram marginalizadas, hostilizadas e vistas como escória pela sociedade. Por tempos, os LGBTs não possuíam direito algum em ser quem eram. Era raro alguém se assumir e as pessoas que tinham coragem de "sair do armário", eram duramente criticadas e humilhadas. Essas existiam, mas não tinham nenhuma liberdade a cerca da sua orientação e identidade Sexual. Depois de muita luta, essa questão foi validada pelo Estado, atribuindo direitos humanos básicos á pessoas LGBTs. Em 1990, a OMS (Organização Mundial da Saúde) deixou de considerar a homossexualidade uma doença, eliminando o termo "homossexualismo" dos estudos de caso no Brasil e, somente em 2019, o STF refez a discussão sobre a classificação da tipicidade de crime, sendo este a homofobia, que passou a ter os mesmos parâmetros que o crime de racismo, ou seja, que se tornou um delito inafiançável e imprescritível. Porém, mesmo com essas pequenas vitórias, ainda existe mais preconceito do que se possa imaginar.


Infelizmente, usando á Deus e ao pecado como justificativa, muita gente ainda acredita que ser LGBT+ é uma doença, que essas pessoas estão possuídas por alguma entidade maligna ou que vão diretamente para o inferno.

No filme Orações Para Bobby (2009), um garoto com uma mãe fanática religiosa se assume gay para a família e tem que enfrentar intermináveis círculos de oração e a esperança de cura da sua mãe. Já na vida real, com Dusty Ray Bottoms, a história foi exatamente a mesma. Quando Dusty assumiu sua sexualidade aos seus pais, os mesmos chegaram ao ponto de o enviar para uma seção de exorcismo, na esperança de que seu filho voltasse a ser heterossexual. Ao contrário de Bobby, Dusty conseguiu superar essa situação, saiu de casa e, apesar de não ter mais contato com seus pais, hoje em dia faz sucesso como uma ex-drag race. Acontece que Bobby e Dusty, além da história triste, possuem também outra coisa em comum: Ambos nunca escolheram ser gay.


O termo "Opção Sexual" foi vetado por estudiosos que afirmam que a sexualidade não é uma opção, e sim, uma condição. Ninguém escolhe, apenas nasce assim. Se tivessem opção, grande parte da população LGBT não escolheria passar por todo preconceito e riscos que enfrentam, somente por ser quem é. Apesar de ser um tanto confuso de se entender, a orientação sexual define por mquem você sente atração, sendo homo, bi ou heterossexual. A identidade de gênero trata-se da maneira que a pessoa se enxerga, o gênero que ela se identifica fazendo parte. Já o sexo biológico, apenas, abrange a genital em que a pessoa nasceu.


O processo de descoberta e aceitação da sexualidade, por vezes, pode ser longo e doloroso. Além da homofobia e intolerância, que ainda é normalizada devido aos padrões heterocêntricos da sociedade, a pessoa que está na descoberta da sua sexualidade ainda deve lidar consigo mesmo, num processo de autoaceitação que pode levar tempo. Por isso, é importante que LGBTs se sintam acolhidos e que entendam que não há nada errado em amar e querer ser live, afinal, amor é amor.


2) Tim Cook não tem que virar homem

CEO da Apple, declarou-se homossexual em 2014. Ele foi o primeiro CEO a se declarar gay de uma empresa presente na lista da Fortune 500, lista anual que compila as maiores corporações dos Estados Unidos. O CEO da Apple afirmou não se preocupar com a repercussão da sua sexualidade dentro da empresa, mas, sim, com a reação "fora da Apple". "O mundo ainda não é amigável para gays ou trans em geral", apontou.


3) Laerte Coutinho não está andando no caminho do mal

Recorrente na Folha de São Paulo, Laerte é uma das maiores cartunistas do país. Em 2004, inicia um processo de reflexão sobre sua identidade de gênero, que transforma profundamente sua produção, tornando-a mais engajada em questões de direitos humanos, gênero e sexualidade.


4) Frida Khalo não estava confusa

Frida Khalo, pintora surrealista, foi um dos personagens mais influentes no âmbito político e cultural no México. E só pra reforçar, pessoas que são bi não tem sua sexualidade apagada quando elas se casam ou começam um relacionamento – seja com um homem ou uma mulher. Frida Kahlo era sim uma mulher bissexual, e pode ser considerada um ícone LGBT.


5) Marsha P. Johnson não era um traveco

Marsha foi uma mulher transgênero negra que trabalhou como profissional do sexo e drag queen durante a maioria de sua vida adulta. Pioneira do ativismo da diversidade sexual que participou na revolta de stonewall. Fundou a casa S. T. A. R. e grande referência da luta pela conscientização da AIDS.


6) Ellen DeGeneres não precisa achar o homem certo

Uma das mais influentes personalidades da TV americana, desde 1997, Ellen é abertamente lésbica. Aos 39 anos, ela foi uma das primeiras mulheres que escolheu ser vista e resistir, em um mundo que, de forma violenta e radical, insiste em dizer que ela não tem esse direito.


7) Marielle Franco não estava passando por uma fase

Vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação. Marielle defendia o feminismo, os direitos humanos, e criticava a intervenção federal no Rio de Janeiro e da Polícia Militar, tendo denunciado vários casos de abuso de autoridade por parte de policiais contra moradores de comunidades carentes. Assassinada há mais de um ano, sua família ainda aguarda respostas sobre quem mandou matar Marielle. Marielle Franco, presente.


8) RuPaul não quer ser mulher

RuPaul é considerado a drag queen mais bem sucedida comercialmente nos Estados Unidos. A ele são dados os créditos por criar maior exposição para as drags da Cultura LGBT na sociedade de massa, e posteriormente, ao sucessivo aumento de audiência de RuPaul's Drag Race.


9) Ricky Martin não é um desperdício

Foi um dos maiores ídolos adolescentes na América Latina durante os anos 90 e uma figura importante na música pop americana até o final da década. Martin ficou mundialmente conhecido por ser o vocalista da banda Menudo. Apesar de ter demorado para assumir abertamente sua sexualidade, Ricky, atualmente, é casado e tem 4 filhos. Em julho de 2019, com milhares de porto-riquenhos, foi as ruas para pedir a renúncia do governador homofóbico Ricardo Rosselló.


10) Gisberta Salce não era uma aberração

Gisberta Salce Junior, nascida Gilberto, foi uma brasileira que virou símbolo LGBT e cujo assassinato levou a novas leis em Portugal. Símbolo de descriminação múltipla por ser imigrante ilegal, transexual, prostituta, sem-teto e soropositiva, Gisberta foi torturada e cruelmente assassinada por um grupo de 14 jovens, entre 12 e 16 anos. Nos anos que se seguiram à morte da brasileira, em 22 de fevereiro de 2006, o legislativo português criou uma série de leis voltadas para a igualdade de gêneros, com o objetivo de garantir a pessoas trans maior acesso à Justiça, à educação e ao emprego. Além disso, foi aprovada a concessão de asilo a transexuais estrangeiros em risco de perseguição.




Essa foi a descontrução da semana. Voltamos na próxima terça-feira com a parte 2. Espero que tenham curtido!



 
 
 

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